Universidade Federal do Maranhão - UFMA
Introdução: os primeiros
relatos de varizes remontam da antiguidade, do reinado de Amenophis i (1550
a.c.). Há relatos de réplicas de mmii com varizes, na Grécia Antiga. Com a
evolução da medicina, da tecnologia e dos procedimentos cirúrgicos, a conduta
se alterou significativamente até os dias atuais. Objetivo: descrever a
história e evolução da conduta cirúrgica no tratamento de varizes. Métodos:
revisão bibliográfica de artigos científicos de maior relevância sobre o
assunto, pesquisados em bases de dados online. Resultados: Hipócrates (460-377
a.c.), o primeiro a associar veias varicosas e úlceras na perna, cauterizava
varizes com ferro em brasa. Aurelius Cornelius Celsius, na era romana,
descreveu incisões escalonadas, cauterização da veia e retirada dos vasos,
semelhante às incisões atuais. Cem anos depois, Cláudio Galeno usava um gancho
entre duas ligaduras para extirpar veias dilatadas. Na escola de Alexandria, se
falava em ligaduras vasculares. Na idade média não houve progresso – teoria humoral
de Galeno vigente. William Harvey (1628) publicou a descoberta das válvulas
venosas. Richard Wiseman (1676) provou que a incompetência valvular resultava
da dilatação de uma veia. No final do século 18 e início do 19, por influência
de Newton, passou-se a considerar a atuação da gravidade. Bünger (1823)
praticou a primeira operação de enxerto. Evolução da cirurgia no final do
século 19 (assepsia e anestesia), com vários relatos de novos procedimentos e
instrumentos. Babcock (1907) desenvolveu o fleboextrator. Em meados de 1920, a
injeção de substâncias esclerosantes tornou-se popular. Firmou-se a necessidade
de interrupção dos pontos de refluxo venoso. Em 1968, Kistner realizou a
primeira reconstrução valvular. É relatada a partir de 1999 a aplicação da cauterização
endoluminal das veias safenas com a radiofreqüência (RF). O uso de energia a
laser mostrou resultados promissores. A fotocoagulação pelo laser endovenoso
foi descrita no mesmo ano que a RF. Atualmente, o padrão-ouro para o tratamento
cirúrgico de varizes devido à insuficiência da junção safeno-femoral associada
ao refluxo na vsi é a ligadura da crossa com fleboextração. O uso da
pletismografia a ar (pga) tornou-se popular, mas há críticas. A flebografia foi
durante muitos anos padrão no estudo das doenças venosas, sendo hoje pouco
utilizada. Conclusão: muito se estudou ao longo do tempo e se alterou no
tratamento de varizes, mas ainda há muito a aperfeiçoar nas novas condutas
propostas.
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