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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

OS 400 ANOS DE MEDICINA NO MARANHÃO*

*José Márcio Soares Leite.

O filósofo Goethe (1749-1832) nos deixou o legado de que “nada sabe de sua arte aquele que lhe desconhece sua história”.
A história da medicina no Brasil passou pelo período colonial, empírico, pelo período imperial, onde destacamos a instalação das primeiras Escolas Médicas na Bahia e no Rio de Janeiro, e, depois, pela fase republicana, com os primeiros ensaios de prevenção das doenças, graças a Oswaldo Cruz e Emílio Ribas. Na fase atual, ressalta-se a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição Federal de 1988. É desse período também os modernos avanços técnico-científicos da medicina dita “armada”, tecnológica, onde pontificam as especializações médicas.
No Maranhão, destaca-se no período colonial, mais precisamente no momento da fundação da cidade de São Luis, a presença de um médico cirurgião francês, trazido na expedição de La Ravardière. Foi ele Thomas de Lastre. É também desse período o Hospital Militar, o mais antigo hospital de São Luís (Meireles. M. Dez Estudos Históricos), instalado ainda no começo do século XVII, na então chamada Rua do Hospital, e depois sucessivamente Rua do Hospital Velho (hoje de Sant’Ana), assim como o Hospital da Misericórdia (Obras de João Francisco Lisboa, Vol. IV. Vida e Obra do Padre Antonio Vieira), onde consta, até hoje, informe de que foi fundado pelo Padre Vieira em 1653 e que se mantinha graças à caridade pública.
No período imperial, foi inaugurado em 1º de março de 1814 o Hospital São José da Caridade dos Jesuítas, transformado a partir de 1836 em Santa Casa de Misericórdia do Maranhão. Já em 1862, foi inaugurado o Hospital Português pela Real Sociedade Humanitária 1º de Dezembro.
No período republicano foram construídos em São Luís/MA o complexo materno-infantil Maternidade Benedito Leite e o Hospital Infantil Juvêncio Mattos, assim como o Hospital Psiquiátrico Nina Rodrigues, o Hospital Aquiles Lisboa (para tratamento da hanseníase), o Hospital de Presidente Vargas (focado no tratamento da tuberculose), o Centro de Saúde Paulo Ramos e o Pronto Socorro Municipal. Nessa fase iniciou-se a interiorização da medicina com a instalação de hospitais nos municípios de Pedreiras, Barra do Corda e Coroatá primeiramente, e depois em Imperatriz, Bacabal, Santa Inês, Pinheiro, Chapadinha, Buriti, Presidente Dutra, Codó, Balsas, São João dos Patos, Buriticupu, Itapecuru-Mirim, Caxias e Timon.
O período atual é marcado, no Maranhão, pela expansão da rede pública de saúde, com a construção pelo Governo do Estado do Maranhão, por meio do Programa Saúde é Vida, da Secretaria de Estado da Saúde, de 72 novos hospitais e 10 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). E, no Brasil, pela consolidação das especialidades médicas, do uso dos modernos equipamentos de apoio diagnóstico, pelos transplantes de órgãos, pelo uso da terapia dita invasiva e pelos grandes avanços nos campos da imunogenética e da biologia molecular.
A Academia Maranhense de Medicina, fundada há 23 anos, ao lado de suas congêneres no Brasil, participa como indutora de todo esse processo de avanço técnico científico da medicina, sem descuidar das conquistas do passado, atuando como ponto de equilíbrio na indicação dos melhores caminhos a seguir. Lutar pela conservação dos postulados éticos e da cultura médica, a par da aceitação dos avanços técnico-científicos da medicina que não contrariem esses postulados, esta é a grande missão das Academias de Medicina.
Nesse contexto, não poderíamos esquecer os 400 anos da medicina do Maranhão, que se iniciou com o dr. Tomas de Lastre, que nos deu, inclusive, um exemplo de humanização da medicina, ao cuidar dos portugueses feridos na Batalha de Guaxemduba (Pianzola. M. Les Peroquets jaunes).
Assim, é louvável a iniciativa do Governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, de firmar uma parceria com a Academia Maranhense de Medicina e a Federação Brasileira de Academias de Medicina, para que seja realizado em julho de 2012 em São Luís, o I Congresso Maranhense de Medicina, o XIV Conclave Brasileiro das Academias de Medicina e o XXI Congresso Brasileiro de Cirurgia, oportunizando aos médicos dos mais distantes rincões do Maranhão e de São Luís, a interação com os colegas médicos dos mais avançados centros médicos do país e com a política nacional de saúde pública.
De minha parte, fico muito feliz de, como presidente da Academia de Medicina, juntamente com meus pares, poder participar deste grande evento histórico em que se estará homenageando os 400 anos da Medicina no Maranhão.
Professor Doutor em Ciências da Saúde e Presidente da Academia Maranhense de Medicina (AMM) e sócio efetivo das Sociedades Brasileira e Maranhense de História da Medicina
Publicado no jornal O Estado do Maranhão, de 25 de dezembro de 2011 (Domingo)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA MEDICINA


 Será realizado, no período de 07 a 10 de novembro de 2012, nesta cidade de São Luís – Maranhão, o XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA MEDICINA E I CONGRESSO MARANHENSE DE HISTÓRIA DA MEDICIA.
Os eventos farão parte dos 400 anos de Medicina no Maranhão. Portanto, serão apresentados e discutidos temas referentes à Medicina no Estado desde o século 17, quando da sua criação, até o presente.
Os Congressos terão como público alvo não somente médico e estudantes de Medicina mas professores, outros profissionais e estudantes da área de saúde, como ainda,  de História, Geografia, Filosofia, Sociologia e quem mais se interessar pelo tema que realmente é muito abrangente. A História da Medicina Brasileira e, em particular, a do Maranhão são um vasto campo de estudo e pesquisa ainda bastante inexplorado.
Não percamos esta oportunidade.
Prof. Aymoré de Castro Alvim – Presidente dos Congressos.




sábado, 10 de dezembro de 2011

PEDRO JULIANO - MÉDICO E PAPA

ALVIM, A.C.; PIRES, A.M.S. & NASCIMENTO, M.D.S.B. aymore@elo.com.br   Telefone: 098 xx 3227-2654. Universidade Federal do Maranhão
Introdução – Na História da Medicina são encontrados vários eventos que a ligam à História da Igreja. A relação entre as duas remontam aos primeiros anos do Cristianismo se projetando ao longo da Idade Média com a fundação dos primeiros hospitais e universidades, e auxiliando no saneamento de várias regiões da Europa como um legado da Igreja à Medicina.
Material e Métodos – Revisão bibliográfica de artigos e livros referentes à História da Igreja.
Comentários e Conclusões - A bibliografia consultada nos põe a par da vida e obra de um médico que ocupou a Cátedra de Pedro, no período de 8 de setembro de 1276 a 20 de maio de 1277, com o nome de João XXI. Nascido em Lisboa, por volta de 1205, Pedro Juliano ou Pedro Hispano foi médico, filósofo, matemático e professor. Iniciou seus estudos, na escola episcopal da catedral de Lisboa, indo depois complementá-los na Universidade de Paris onde estudou Teologia e Medicina além de Lógica , Dialética, Física e Metafísica. Foi professor de medicina, na Universidade de Siena. Em 1261 recebeu as ordens sacerdotais e dentre os vários postos ocupados, na Igreja em Portugal, foi nomeado, em 1273, pelo papa Gregório X, arcebispo de Braga e, um ano depois, foi elevado ao cardinalato. O papa, em 1275, o nomeou seu principal médico. Eleito em setembro do ano seguinte dirigiu a Igreja até maio de 1277. João XXI foi um homem simples, de rara virtude e possuidor de vasta cultura. Morreu em decorrência de um acidente, no palácio apostólico de Viterbo, deixando muitas obras, inclusive no campo da medicina, onde se destacou pela grande repercussão, nas universidades européias, o tratado “De óculo” sobre oftalmologia e “Thesaurus pauperum” onde descreve várias doenças e suas curas com mais de cem edições e traduzido em doze idiomas.



segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Medicina e Humanismo

José Márcio Soares Leite*

Em recente trabalho de autoria do Dr. Dante Marcello Claramonte Galian, Diretor do Centro de História e Ciências da Saúde da Universidade de São Paulo-UNIFESP, sob o título a (Re)humanização da Medicina, este nos diz que “em sua origem a Medicina Ocidental era uma ciência essencialmente humanística” para prosseguindo citar Werner Jaeger em sua obra Paidéia.A Formação do Homem Grego ( 1995, p. 1001) – “de todas as ciências humanas então conhecidas, incluindo a Matemática e a Física, é a Medicina a mais afim da ciência ética de Sócrates”. Finalmente conclui “que esse humanismo da medicina desapareceu no século XX, pois ocorreram muitos progressos científicos nas ciências físicas, químicas e biológicas, aliados ao desenvolvimento tecnológico, e estes foram, cada vez mais, redirecionando a formação e a atuação do médico, modificando também sua escala de valores, pois à medida que o prestígio das ciências experimentais foi crescendo, o das ciências humanas esvanecia-se no meio médico. A medicina deixava de se apoiar nas ciências humanas para se sustentar, essencialmente, nas ciências exatas e biológicas” .

Em síntese, pelo que se depreende da leitura desse trabalho, o médico do século XIX, mais que um biólogo, mais que um naturalista, era fundamentalmente um humanista. Um sábio que na formulação de seu diagnóstico, levava em conta não apenas os dados biológicos, mas também os ambientais, culturais, sociológicos, familiares, psicológicos e espirituais. Era, portanto, antes de tudo um filósofo, um conhecedor das leis da natureza e da alma humana, ou seja, conhecedor dos avanços científicos de sua época no campo da clínica, da cirurgia, da patologia, da farmacologia, mas também um amante da literatura, da filosofia e da história.

É óbvio que, desde as sua origens, a medicina se fundamentou no estudo dos componentes biológicos do corpo para construir suas teorias, elaborar seus diagnósticos e determinar seus tratamentos, entretanto nunca em sua história como a partir desse período que se inicia ainda no século XIX e se estende até nossos dias, essa fundamentação chegou a ser tão absoluta e dogmática.

As descobertas ainda mais surpreendentes que ocorreram nas últimas décadas, principalmente, no âmbito da biologia celular e molecular, que ultimamente têm culminado nas pesquisas do genoma, parecem ter definitivamente confirmado a idéia de que a chave de todo o conhecimento médico está nas ciências experimentais.

Anuncia-se para dentro em breve o descobrimento das verdadeiras causas de todas ou pelo menos quase todas as doenças que flagelam a humanidade. E, desta forma, através de manipulações em nível genético, assim como por meio de precisos e eficazes tratamentos preventivos, poder-se-á prever, reverter e principalmente prevenir grande parte das doenças que nos espreitam, como o câncer, as deficiências imunológicas ou os distúrbios cardiovasculares.

A leitura do texto do Professor Galian, nos remete, de forma reflexiva, ao que nos deixou dito sobre humanismo e ciência o médico, professor, cientista e humanista Dr. Bacelar Portela, no seu discurso de posse na Academia Maranhense de Letras em 1950_ “Ensinaram-me que a vida era um simples jogo de fenômenos mecânicos e físico-químicos, de trocas entre o organismo e o meio. Assim, era incapaz de enriquecer de aquisições úteis, de nutrir os valores reais da pessoa humana; era incapaz de orientar o homem no sentido de dizer se a matéria devia ser olhada pelo prisma do espírito ou o espírito pelo prisma da matéria. Ensinaram-me, enfim, que era matéria e que era energia; que era massa, força viva e inércia; que era gravitação e campo magnético; que a ciência estava apta a saturar todos os valores e anseios do espírito humano, e que a filosofia se tinha reduzido a uma simples teoria do conhecimento, análise interior aos dados de experimentação. Não me disseram, porém, que a ciência, marchando para um pluralismo desnorteador e desintegrante, debatendo-se entre os conceitos de analogia e diferença, simultaneidade e seqüência, reversibilidade e irreversibilidade, simetria e assimetria, isotropismo e anisotropismo, quase esgotada na sua capacidade de conceituação, dividida entre as doutrinas da continuidade e descontinuidade do universo, não poderia subsistir sem a Filosofia” e o biólogo americano Francis Collins, um dos cientistas mais notáveis da atualidade. Diretor do Projeto Genoma e um dos responsáveis por um feito espetacular da ciência moderna: o mapeamento do DNA humano, no seu livro, recentemente lançado nos Estados Unidos The Language of God (A Linguagem de Deus), para quem “é possível aceitar as teorias de Darwin e ao mesmo tempo manter a fé religiosa”.

             A leitura do texto nos leva também a suscitar uma questão extremamente dialética:

            Será possível o médico atual, que exerce sua profissão apoiado no tecnicismo e mecanicismo da medicina dita científica, de equipamentos de ponta ou “armada”. Que utiliza como apoio diagnóstico a imunohistoquímica e nas suas pesquisas a imunogenética, que precisa para sobreviver andar num corre corre de serviço a serviço de saúde, todos com baixa remuneração, exercer essa prática médica de forma humano-científica como no século XIX ? Certamente que não.

 Nesse contexto, as Universidades, os Gestores da Saúde, as Academias de Medicina, os cientistas da saúde, os historiadores, os filósofos, os antropólogos, os psicólogos, os literatos, os pedagogos, professores e alunos de escolas médicas, precisam perceber que as ciências humanas têm muito a contribuir para o desenvolvimento das ciências da saúde e da medicina e que nunca como hoje se fez tão necessário uma reflexão histórico-filosófica para que se possa (re)humanizar a medicina e as ciências da saúde em geral.





* Médico. Membro da Soc. Maranhense de História da Medicina.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

UFMA concede as Palmas Universitárias 2011
Foram homenageados 45 servidores



Numa solenidade que contou com a presença de convidados, familiares e amigos, a Universidade Federal do Maranhão realizou a sua cerimônia anual de concessão de Palmas Universitárias, no auditório central da instituição. Estiveram presentes no evento o Reitor Natalino Salgado, o Vice-Reitor Antonio Oliveira, os Pró-Reitores de graduação, Aldir Carvalho, de pós-graduação, Fernando Carvalho, de Recursos Humanos, Elisa Borges, de Extensão, Antonio Luis Amaral e de Finanças, José Américo da Costa Barroqueiro.

Além dos participantes da comunidade acadêmica, alguns parceiros também receberam as Palmas como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Maranhão, IPHAN, Kátia Bogéa, o Banco do Brasil, João Avelar Matias Lopes, a Associação dos Amigos da UFMA, Alayde Pavão Lopes, a Fapema, Pedro Borges Pereira Santos, o Núcleo de Cultura Linguística, Maria de Sousa Belo, a Secretaria de Estado da Educação, João Francisco Batalha e a Secretaria Municipal de Saúde, Professor doutor Gutemberg Ferreira Araújo.

As Palmas Universitárias é uma comenda criada em 1986 para homenagear professores e funcionários que se dedicaram ou que dedicam parte da sua vida pelo desenvolvimento da Universidade, não somente como uma produtora de conhecimento, mas também, como a construtora de uma memória individual e, ao mesmo tempo, coletiva. Este foi o exemplo da cozinheira do Colégio Universitário, Iraneide Higino Passos Costa que, in memorian, teve seu nome lembrado para ser homenageado pela dedicação com que fazia a merenda escolar dos alunos do Colun. A Sua filha Vilma da Conceição Passos Castro foi quem, em nome da sua mãe, recebeu a homenagem, emocionando a todos os presentes. Assim aconteceu também com Cláudia Lobato Borges que recebeu as Palmas, in memorian, dadas ao seu pai Carlos Alberto Salgado Borges que foi coordenador do curso de medicina, entre outros cargos que exerceu ao longo de sua vida até a sua morte.

Outra homenageada, Maria José Meireles de Moraes, recebeu as Palmas Universitárias porque deu um exemplo único no serviço público: mesmo com tempo para se aposentar continua trabalhando no setor de qualidade de vida colaborando para a qualidade do serviço público, assim como a Professora Maria Ieda, da área de educação, que continua exercendo funções ou Marly Abdalla que em várias funções ajudou a construir o projeto Uniti, Universidade da Terceira Idade e que recebeu o prêmio Construtora da História.

O Presidente da Assuma, Sérgio Gonsorioski , escolhido para representar os servidores falou sobre o cenário atual da UFMA elogiando o trabalho da atual equipe e, dedicou as suas Palmas para sua esposa que está fazendo tratamento de saúde em São Paulo. Já o Professor Doutor Arão Paranaguá de Santana ressaltou a simbologia da homenagem e a singularidade do seu nascimento: no dia do professor e filho de dois professores, apreciador e professor de artes e do ensino das artes como ensino. Para ele, as Palmas representam muito por conta do momento em que vive a UFMA, não somente por sua expansão física, mas pelas condições de ensino, de pesquisa e de extensão e ainda pelas condições políticas e culturais que precisam ser estimuladas para reduzir as desigualdades que aparecem na cultura maranhense.

No seu discurso, o magnífico reitor destacou novamente a palavra gratidão para falar que “as palmas universitárias têm nome apropriado e fazê-lo publicamente é dever àqueles que são dignos dela. Interessante é que no sentido literal, as folhas de palma também significam vitória e martírio. Neste momento solene e ansiosamente aguardado por todos nós, ficaremos apenas com o primeiro sentido, embora seja sabido que nenhuma vitória nasce sem sofrimento, sem dedicação e esforço. Não poucas vezes à custa do afastamento familiar, da perda de sono, do cansaço. E dizemos que todo este dispêndio só dá sabor ao que se consegue”, disse.


http://www.ufma.br/noticias/noticias.php?cod=11533

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

NOTÍCIAS SMHM

POSSE DO PROFESSOR NATALINO FILHO

            Após quatro anos à frente da Universidade Federal do Maranhão, o professor Natalino Salgado Filho, reeleito Reitor pela comunidade Universitária, tomou posse, no dia 11 do mês corrente, no Gabinete do Ministro da Educação em Brasília.

            Na sexta-feira passada, o professor Natalino Filho reassumiu as suas funções, em solenidade que teve lugar no auditório central do Campus do Bacanga, na presença de conselheiros e autoridades universitárias, do Sr. Vice-Governador, de Secretários de Estado e membros da comunidade universitária e de movimentos culturais.

            No seu discurso de agradecimento, o Sr. Reitor enfatizou a luta que vem travando pela melhoria das condições físicas nos diferentes Campi da UFMA a fim de oferecer um saudável ambiente de trabalho e de suporte técnico onde professores e alunos possam desenvolver o seu trabalho.

            Nós que fazemos a Sociedade Maranhense de História da Medicina nos associamos às homenagens prestadas ao professor Natalino Filho, membro fundador e efetivo desta entidade, augurando-lhe votos de pleno êxito na jornada a fim de que realize o seu grande sonho: uma grande Universidade para o Maranhão.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

AMBIENTE E DOENÇA - Aula de História da Medicina.

1. “Os seres vivos são formas de organização da matéria que se desenvolveram, historicamente, em função de determinadas condições do meio”. ( Rey, L.).
2. MEIO AMBIENTE – “é o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
3. O AMBIENTE: FÍSICO: Fatores geográficos ou físicos / BIOLÓGICO: Fatores biológicos – Biota / SOCIAL: Fatores sociais e humanos.  O SISTEMA ECOLÓGICO OU ECOSSISTEMA.
4. Ecossistema: é  uma organização complexa formada por todos  os organismos que vivem e interagem entre si, em determinada região,  e pelos fatores abióticos que agem sobre eles.
5. Mecanismos adaptativos: “são instrumentos próprios dos seres vivos que se expressam pela sensibilidade manifesta às variações ambientais com produção de respostas bioquímicas e fisiológicas capazes de corrigir os mínimos desequilíbrios dinâmicos resultantes do processo interativo”.
6. ADAPÇÃO X SAÚDE X DOENÇA: Os mecanismos adaptativos co-relacionados ao determinismo genético desenvolveram, no homem, 2 estados frente ao binômio prazer e dor: Saúde e  Doença.
7. A DOENÇA COMO RESULTANTE DAS INTERAÇÕES DE GRUPOS HUMANOS COM O SEU AMBIENTE. A  DINÂMICA DA EMERGÊNCIA DAS DOENÇAS E O AMBIENTE.
8. Fatores Globais:  Aquecimento global – efeito estufa; Poluição do ar; Camada de ozônio;   Alterações na biodiversidade.
9. FATORES AMBIENTAIS: Poluição ambiental ( água, solo, ar ) / Degradação do ambiente doméstico e do Trabalho.
10. FATORES SOCIAIS: Degradação do ambiente social – ( falta de moradia, de boa educação, de lazer, de trabalho, de segurança  -  os problemas do entorno: A violência.
11. O QUE É DOENÇA?“É um desajustamento ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou a ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto”.  (Jenicek & Cléroux).
13. EVOLUÇÃO HISTÓRICA  DO BINÔMIO DE SAÚDE – DOENÇA. ELEMENTOS ESSENCIAIS: Natureza e Estrutura  e Funções do Corpo. Tipos de relação: Corpo – Espírito  e  Pessoa – Ambiente.
14. CONCEPÇÕES DA MEDICINA AO LONGO DA HISTÓRIA  (Meyers & Benson, 1992). 1.Concepção Ontológica da Doença: As doenças são causadas pela invasão do organismo por  “entidades” externas que vão se alojar em diferentes partes. ( Medicina Mágico-Religiosa da Mesopotâmia e Egito Antigo).  2. Concepção Fisiológica: As doenças decorrem do desequilíbrio entre forças naturais  que ocorrem dentro e fora das pessoas. Hipócrates ( 460 a.C.) – Teoria dos 4 Humores. Medicina da Índia ( éter ou vazio, vento, fogo, água e terra). Medicina Chinesa - princípios  básicos do universo: Yang-Yin..
15. VERTENTES DE EVOLUÇÃO DA DOENÇA, NA HISTÓRIA DA MEDICINA. Medicina Divina, mágico-religiosa ou ontológica – doenças são causadas por “entidades” externas que vão se localizar em diferentes partes do corpo. Egito antigo, Mesopotâmia. Medicina Empírica ou fisiológica : as doenças ocorrem por desequilíbrio entre forças naturais dentro e fora das pessoas. Grécia antiga, Índia, China. Medicina oficial  (Empírica ) – Galênica. * Medicina Científica ( O método científico – Galileu, Francis Bacon e Descarte).
16. O Método científico – conjunto de regras básicas que orienta o procedimento para obtenção do conhecimento científico. Concebido por Roger Bacon (1220 – 1292) norteou o pensamento científico até fins do século XIX: a experimentação é fonte de conhecimento. Francis Bacon (1561 – 1626)influenciado pelos trabalhos de Copérnico e Galileu aperfeiçoou e fixou as bases do Moderno Método Científico. René Descartes (1596 – 1650) elaborou os fundamentos do Método Moderno – Método Cartesiano ou do Determinismo Mecanicista: “ o todo é conhecido a partir das partes que o compõem – Dedução Cartesiana. A experiência serve para confirmar os princípios gerais da razão”.
17. OS GRANDES PERÍODOS DA HISTÓRIA DA MEDICINA (Ribeiro,1993) - 1º. Pré-cartesiano (até o Sec.17) Teorias: Hipocrática- Galênica e do Contágio vivo.  Ruptura da influência mágico-religiosa, no processo da doença.  A abstração se sobrepõe à materialidade. A saúde é expressão do equilíbrio entre a quantidade e a qualidade dos humores do corpo (sangue, bile amarela, bile escura e fleuma ou linfa) que são renovados pela alimentação.  A natureza constrói, forma e cura. A qualidade da relação médico-paciente influencia o processo de cura.
18. TEORIA RACIONAL DO CONTÁGIO: 1546: Hieronymus Fracastorius (De contagionibus  et contagiosis morbis et eorum curatione) – Doutrina  do Contágium vivum.  “Contágio: substância liberada pelo corpo do doente que atinge outro indivíduo por contato direto ou indireto ou à distância por fômites (roupas usadas, lençóis) ou pelo ar causando doença – sífilis etc”.
19. 2º Período - Cartesiano ou do Racionalismo Científico. Método científico: Concepção reducionista e mecanicista. Priorização dos aspectos biológicos da saúde. O homem é uma máquina cuja peça avariada deve ser curada. A pessoa tem o controle passivo da sua saúde. Conseqüências: A visão mecanicista do organismo humano separa mente do corpo e cria o Modelo Biomédico de visão mecanicista.  Para atender a diferentes partes há necessidade de especialistas; Tratamento da doença e não da pessoa; Surgem 2 tipos de médicos: os que tratam o corpo (Clínicos) e os que tratam a mente – psiquiatras e psicólogos.
20. MODELO BIOPSÌQUICOSSOCIAL: Incorpora aos aspectos biológicos da saúde humana os aspectos psicológicos e sociais. Consequência: o indivíduo é mantido numa situação passiva. O seu papel no controle da sua saúde se encerra ao informar ao médico seus aspectos de foro social, psicológico e biológico.
21. 3º Período - PRIMEIRA REVOLUÇÂO DA SAÚDE  - Medidas preventivas. Final do séc. 18 – Revolução Industrial. Mudanças sociais e alteração no sistema de produção.  Êxodo do campo para as grandes cidades – precárias condições de habitabilidade e de salubridade – Degradação do ambiente urbano. Ocorrem grandes epidemias.
22. IDADE CONTEMPORÂNEA: 1789  -  Século XVIII - Ä Teoria Miasmática: Miasmas são emanações   de pântanos e do acúmulo de matéria orgânica em          decomposição que causam doenças.  Solu   - Melhoria do ambiente urbano;  Saneamento dos bairros pobres;  Medidas de Saúde Pública. John Snow (epidemia de cólera em Londres, 1849) defendia a possibilidade da ação de bioagentes no processo causal de doença. Epidemiologia: estudo da distribuição e dos determinantes das doenças, nas populações humanas.
23. 1861 – Pasteur põe abaixo a Teoria da Geração Espontânea. 1878 – Pasteur, Joubert e Chamberland expõem, na Academia de Ciências de Paris a Teoria dos germes ou Teoria                              Microbiana da Infecção. Ä Consequências:  Consolida-se a Bacteriologia: agentes biológicos específicos como determinantes de doenças.  Ignora-se, nos programas de Saúde Pública, a relação com o Ambiente. Firma-se o conceito de Unicasualidade. – TEORIA UNICAUSAL.(Barreto, 1990; Rosen, 1994).
24. Teoria Ecológica das Doenças Infecciosas ou Teoria da Multicasualidade: A doença infecciosa resulta da interação Agente x Hospedeiro, em um Ambiente multicausal ou de ordens físicas,  biológicas e sociais. (Barreto,1990).
25. Teoria da Nidalidade ou dos Focos Naturais de Pavlovsky: Há forte relação entre o Ambiente Natural e as Doenças. Foco natural: ambiente natural definido (biocenose) ou área determinada de terreno onde ocorre uma parasitose e todas as condições para a sua sobrevivência e transmissão.              Tripanosomíases; Leishmanioses; Esquistossomose.
26. * Marc Lalonde: Campo da Saúde - 4 fatores integram  ou determinam o processo Saúde-Doença:Biologia humana (Condições biológicas). Meio ambiente (Condições ambientais). Estilo de vida: alimentação: (quantidade e qualidade), fumo, lazer, sedentarismo, etc. Organização da Atenção à Saúde.
27. 4º Período - SEGUNDA REVOLUÇÂO DA SAÚDE (Richmond, 1979). * Priorização da Saúde e não do doente;* Retorno aos aspectos ecológicos;* Prevalência de doenças de etiologia portamental;Novos princípios e concepções. - O humanismo do médico é importante na recuperação do paciente (Nuland, 1988). - A espiritualidade pode promover efeitos positivos e negativos na recuperação do paciente, dependendo da abordagem do médico. (Lucchetti et allii – Rev. Bras. Clínica Médica, 2010.).
28. Ä Atenção Primária em Saúde: “é um conjunto de ações médicas, sociais de complexidade variável de acordo com os determinantes econômicos e sócio-culturais da comunidade mas sempre eficientes e eficazes que são postos à disposição do indivíduo, da família e da comunidade para promover, manter e recuperar a saúde”.Ä Ações:* Educação em Saúde* Sistemas simplificados de tratamento de água e esgoto.* Assistência Pré-natal e orientação  sobre planejamento familiar. Assistência materno-infantil e ao puerpério; * Assistência ao deficiente e ao idoso.* Vacinação, prevenção e controle de doenças endêmicas.
29. Carol J. Buck – amplia concepção de Ambiente: o  Entorno e seus fatores. Perigosos (obstáculos à Saúde) – violência, segurança nos meios de transporte, condições de risco no trabalho, ontaminação da água e do ar, etc. Protetores: alimentação, abrigo, lazer, etc.
30. MODELO HOLÍSTICO: objetiva o todo individual numa visão multidimensional que leve em conta as emoções, crenças, valores, cultura, genética, estilo de vida, reações psicológicas, etc.1926 – Jan Smuts concebe o modelo. 1967 – Arthur Koestler desenvolve 1986 – Capra aponta novos rumos para a saúde com esse paradígma.
31. Organização Mundial de Saúde, 1986: A Promoção da Saúde tem como pré-requesitos: a Paz, a Educação, a Moradia, Justiça,                 Alimentação, Renda, Equidade social  e um Ecossistema saudável”.
32. Pilares básicos do modelo: As pessoas devem assumir a responsabilidade do seu processo de cura e manutenção da sua saúde; Cabe às pessoas exercer o seu poder para restaurar e manter a sua aúde; Não eliminar a assistência ou orientação de outras pessoas mas tais relacionamentos devem ser de apoio, interação, mas não de dependência; As pessoas devem exercitar as técnicas que ativam e promovem a integração da dinâmica corpo – mente – espírito; O médico deve conhecer o doente para explicar-lhe a sua doença de forma a orientá-lo no tratamento por inteiro, em todas as suas dimensões, ajudando-o a buscar o seu equilíbrio global.
33. Diferentes concepções de Saúde/Doença ao longo da História Humana. A doença era castigo dos deuses ou expiação de faltas; A  doença resultava de desequilíbrio entre forças do corpo e da natureza, do contágio entre pessoas ou de emanações ambientais (miasmas). A doença tem como determinantes agentes vivos ou bioagentes – Unicasualidade. A doença é resultante da interação do hospedeiro com o agente patogênico em um ambiente multicausal de ordem física, biológica e social – Nidalidade ou Focos naturais. Promoção da Saúde – Campo da Saúde:(Biologia humana; Estilo de vida; Atenção primária.; Ambiente e entorno.Modelo Holístico – visão multidimensional: a Saúde Humana é o perfeito equilíbrio bio-psíquico-social.





quinta-feira, 15 de setembro de 2011

HISTÓRIA DA MEDICINA - HISTÓRIA DA DOENÇA.

1. O que é História?  É a ciência que estuda o homem na sua ação, no tempo e no espaço, analisando, ao mesmo tempo, os processos e eventos ocorridos , no passado, onde, na realização dos seus ancestrais, encontra os elementos da sua existência para poder compreender o presente.
*  O Fato histórico.
2. O PROCESSO DA APRENDIZAGEM:  Aprender é assimilar, transformar e incorporar informações e conhecimentos a partir de experiências passadas. (Processo histórico).
►Ações automáticas ou instintivas  e  Ações cuja prática vem do aprendizado.
3. OS MECANISMOS DE TRANSMISSÃO DA INFORMAÇÃO:  Oral; Pinturas rupestres,  fósseis; cerâmica, etc.;  Escrita (Sumérios);  Imprensa ( Guttenberg, 1440); Rádio; Mídia eletrônica.
4. O SER E SUAS PROPRIEDADES. O SER VIVO E O AMBIENTE: O homem e o ambiente.
* Mecanismos de sobrevivência:  Adaptação – preservação da vida e  Reprodução – perpetuação da espécie
* Os mecanismos adaptativos co-relacionados ao determinismo genético desenvolveram no homem o comportamento frente ao binômio prazer e dor.
5. ► O que é Saúde? É um estado de satisfatório bem estar que resulta do equilíbrio dinâmico, nas relações entre o ser vivo e o seu ambiente.
6. ► O que é Doença? É o estado que resulta da ação de agentes ou fatores ambientais quando alteram o equilíbrio do binômio  e o organismo perde a capacidade de recuperá-lo.
7. A DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIA - Períodos:
* Pré-história (Paleolítico e Neolítico).
* Idade Antiga (3.500 a.C. – 475 d.C.).
* Idade Média (475 – 1453).
* Moderna  (1453 – 1789)
* Contemporânea ( 1789 - ).
8. A DOENÇA NO PROCESSO EVOLUTIVO DO HOMEM -  A PRÉ-HISTÓRIA: Caçadores-coletores. (1.000.000 / 10.000 / 3.500 anos a.C.)
* Período Paleolítico
* Período Neolítico – Da Revolução agrícola à idade dos metais(cobre, bronze e ferro). 
   - Civilização.                                       
9. PALEOLÍTICO - A CULTURA DOS CAÇADORES-COLETORES. Características:
    * Grupos pequenos: 30 a 100 indivíduos; Grande mobilidade; Dieta rica e variada; Poucas doenças.
10. AS DOENÇAS E ACIDENTES DO PALEOLÍTICO: Fraturas; Acidentes por flechas; Neoplasias; Acidentes por animais peçonhentos e por outros animais durante a caça; Raquitismo e Osteomielite; Sífilis, malária, tuberculose;
11. NEOLÍTICO - (10.000 – 3.500 a.C.): Características:
- Inicia o processo de estabelecimento de grupos sociais – sedentarismo.  
- Agricultura: revolução agrícola (domesticação de cultivares como trigo, cevada, centeio, arroz; de animais como gado, porco, aves.
- Expansão do crescimento populacional: disponibilidade de mão de obra.
12. Conseqüências: Aumento da incidência de doenças devido a:
   * Poluição do solo e da água potável por dejetos humanos         e de animais.
   * Adubação do solo. (vírus, protozoários, bactérias).
   * Acúmulo ambiental de lixo ( moscas, ratos).
   * Maior contato com insetos ( moscas, mosquitos, pulgas, piolhos - vetores de patógenos).
13. IDADE ANTIGA – Período da civilização (3.500 – 476 d.C.) - CARACTERÌSTICAS: Revolução urbana – Primeiras cidades; Organização do Estado – Civilização;     Crescimento e maior densidade populacional – estratificação social –concentração de  bens de produção – escassez de alimentos – doenças carenciais e infecciosas; Residências insalubres e  falta de saneamento básico.
14. Evolução da Medicina: Abstração e Materialidade.
► Da indiferença às conjecturas – Medicina arte.
► A Medicina ao longo do tempo.
                        - Medicina Divina ou Mágico-religiosa
                        - Medicina Racional ou empírica
                        - Medicina oficial ou científica
15. MEDICINA MÁGICO-RELIGIOSA: (2.500 anos a.C. – Civilização do Nilo, Índia e na Mesopotâmica: Suméria, Babilônia e Assíria).
- Possessão de demônios, de espíritos dos mortos, de espíritos do mal, indignação e castigo dos deuses ; Ação de agentes externos como o frio, mal cheiro ou poeiras.
16. A MEDICINA RACIONAL DOS GREGOS: O Ambiente.
* Teoria Hipocrática – Galênica: - Teoria Humoral ou dos 4 Humores (Escola Hipocrática, sec. IV a.C., com base na simbologia dos 4 elementos formadores do universo: ar, terra, fogo e água  de Empédocles da Escola Pitagórica).
17. * Humores: são substâncias existentes, no organismo, cujo equilíbrio é necessário para a manutenção da vida e da saúde: Sangue(fogo): armazenado no fígado é levado ao coração. Fleuma (ar): secreções mucosas – provêm do cérebro; Bile amarela (água): secretada pelo fígado; Bile negra (terra): produzida no baço e no estômago.
18. Tipos fisiológicos:  Sanguíneo: resistente, feliz, alegre, comunicativo; Fleumático: lento, indiferente; Colérico: irritado, hostil, bilioso; Melancólico: depressivo, triste, abatido.
  - Ao médico cabia recuperar o paciente retirando-lhe o humor em excesso (discrasia) para  restaurar o seu equilíbrio (eucrasia).
  - Métodos terapêuticos: Sangrias, purgativos, eméticos e clisteres. A dieta.
19. Galeno, sec.II d.C., restaura a doutrina hipocrática dos Humores e destaca a importância dos 4 temperamentos como causa de doenças. Essa doutrina orientou a prática médica até o sec. 19 quando Rudolf Virchow (1821-1902) estabeleceu as bases da Patologia Moderna: A Patologia Celular.
20. ► IDADE MÉDIA (475 – 1453).
1. Medicina Hipocrática – Galênica. A Medicina é fundamentada, na Teoria dos 04 humores que domina todo o período até o século XIX.
2. Medicina Monástica contribuição da Igreja à Medicina. Mosteiros como centros de excelência para estudos e práticas médico-farmacêuticas. Fundação de Hospitais e de Universidades(séc.XII).
3. Medicina Árabe – Obras de Avicena (980 – 1037).
21. Patologia celular: Teoria celular – Rudolf Virchow, 1858. “As doenças orgânicas resultam de alterações na célula que é a unidade fundamental do ser vivo e provem cada uma de outra da mesma linhagem normal ou patológica”.
22. Etapas evolutivas da Medicina: 1ª - Mágico-religiosa : Babilônia, Índia, Egito; 2ª - Ocorreu na Grécia, sec.IV a.C. Surge a Medicina Racional Hipocrática com a Teoria dos 4 humores. Materialidade do sistema saúde/doença. Em 1830 Mathias Schleiden e Theodor Schawann propõem a Teoria Celular; 3ª - Ocorreu no sec. XIX. A doença tem a sua base na dimensão celular: Rudolf Virchow, 1858; 4ª Ocorreu no sec. XX: A doença na dimensão molecular:  Descoberta dos estudos de Gregório Mendel; Thomas Morgan, 1910, Teoria Cromossômica da herança. Os genes estão nos cromossomas; Thomas Watson e Francis Crick, 1953, criam o modelo tridimensional do DNA. Genoma;  5ª A materialidade do binômio deverá ser encontrado nas dimensões sub-moleculares de prótons, neutrons, elétrons que sustentam as funções biológicas do homem e dos seres vivos.
23. Pilares da Medicina: Dolores lenire / Aegrotos sanare / Morbos arcere.  
24. “A História da Medicina é um ininterrupto  e permanente diálogo entre o presente e o passado do exercício médico gerado, na teoria e na experiência dos que nos precederam”.


domingo, 7 de agosto de 2011

Esquistossomose no Maranhão *

* Aymoré Alvim
1. A HISTÓRIA
          A história da esquistossomose mansônica remonta , aproximadamente, há mais de 1.500 anos a.C., conforme os exames conduzidos em múmias do antigo Egito. Para Lenzi, 1997, essa interação homem-Schistosoma parece ter começado, na África, há  80.000 anos atrás. (1)
          Muitos anos se passaram até a identificação do parasito por Theodor Bilharz, em 1852, quando trabalhava no Egito Ao concluir que se tratava de um trematódeo de sexos separados que tinha por habitat o ambiente intravascular, criou a espécie Distoma haematobia. Posteriormente, em 1858, Weiland observando a fenda longitudinal do macho a inclui, no gênero Schistosoma. Um ano depois, Diesing denomina a referida fenda de canal ginecóforo por servir para transportar a fêmea (2).
          Em 1892, Patrick Manson sugeriu a existência de duas espécies de Schistosoma parasitos do homem. Mas foi somente em 1907 que Sambon incluiu os trematódeos com ovos de espícula lateral, na espécie Schistosoma mansoni. Embora Looss haja se posicionado contrário às sugestões de Sambon, as dúvidas foram, definitivamente, esclarecidas por Pirajá da Silva após os trabalhos conduzidos, na Bahia, em 1908, confirmando as conclusões de Sambon.
          Após as observações de Miyaki e Suzuki, em 1913, confirmarem a presença do molusco, no ciclo evolutivo do parasito, Faust e cols. estudaram a sua passagem pelo hospedeiro vertebrado fechando, assim, o ciclo heteroxeno do S. mansoni. (3).

2. A INTRODUÇÃO NO MARANHÃO
          Introduzido no Estado, à época da colonização por africanos procedentes de áreas, posteriormente, reconhecidas como endêmicas da doença, o S. mansoni encontrou as condições bioecológicas favoráveis para se distribuir formando as duas atuais áreas de distribuição: a endêmica que compreende as microrregiões da Baixada e Litoral Norte Ocidental e a Focal formada por vários municípios onde são detectados focos de transmissão.
          Dos atuais 25 municípios que compõem a área endêmica, 7 apresentam prevalência superior a 6% enquanto a área Focal com baixas taxas de portadores, incorpora 27 municípios o que registra para o Maranhão um  índice de 6,9% (4).

3. OS PRIMEIROS CASOS REGISTRADOS
          Após os estudos conclusivos de Pirajá da Silva, em 1908, 12 anos depois os médicos Achilles Lisboa e Herbert Jansen relataram os 10 primeiros casos encontrados, no Maranhão, sendo 2 em São Luís e 8 em Cururupu. Este município, que ainda apresenta taxa de prevalência superior a 10%, está localizado na microrregião do Litoral Norte Ocidental onde estavam estabelecidas várias fazendas, nas quais trabalharam muitos escravos africanos, nas lavouras de cana-de-açucar e algodão.
          Posteriormente, em 1924, o Dr Attico Seabra, Chefe do Posto de Saúde de Cururupu, informou em relatório ao Diretor do Serviço de Saneamento e Profilaxia Rural do Estado, o diagnóstico de mais 13 casos no município.
          Nesse mesmo ano, Alvim e Fiquene, referem que o Dr. Thales Martins, ao examinar vísceras de soldados procedentes do Nordeste, inclusive do Maranhão, no Hospital Central do Exercito do Rio de Janeiro, encontrou casos de bilharziose. A estas informações foram acrescentados, em 1925, por Heraldo Maciel  a existência de um grande foco endêmico no Nordeste que abrangia o sudeste do Maranhão onde fora registrado taxa de 1,8%.
          Exames anatomo-patológicos de viscerotomias realizadas por Davis em 1934, por Evandro Chagas, em 1938 e por Madureira Pará em 1949 para o Programa de Controle da Febre Amarela reafirmaram a ocorrência da esquistossomose, no Estado.

4. BIBLIOGRAFIA.

1. LENZI, Henrique L et al. Immunological System and Schistosoma mansoni: Co-evolutionary Immunobiology. What is the eosinophil role in Parasite-host relationship? Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 92: Suppl.II: 19-32, 1997.
2. PESSOA, Samuel B. e MARTINS, Amílcar V. Pessoa Parasitologia Médica. Ed.10. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1997.
3. KATZ, Naftale e ALMEIDA, Karine. Esquistossomose, Xistosa, Barriga D’Água. Cienc.Cult. 55(1): São Paulo, 2003.
4. MARANHÃO. Gerência de Qualidade de Vida. Programa de Controle da Esquistossomose, 2007.



terça-feira, 12 de julho de 2011

O “oxi” vem aí. Prof. Ruy Palhano. Prof. Psiquiatria/UFMA.

A grande imprensa brasileira tem se encarregado nas últimas semanas de nos informar sobre a presença sorrateira de mais um composto que vem sendo utilizado como substância de abuso. Trata-se de um composto excitante do cérebro obtido de uma das etapas de fabrico da cocaína, denominado de OXI, termo simplificado da palavra oxidado.
Apesar de só agora ser objeto de destaque da grande mídia, o uso da droga já é realizado há alguns anos, especialmente nos países andinos como Peru e Bolívia. No Brasil, há indícios de que o Acre foi o estado onde começou a circular a substância e hoje, a Polícia Federal já registra sua presença no Pará, Brasília, Rio de Janeiro e em alguns pontos de São Paulo.
É importante recordar que o processo de fabricação e refino da cocaína é longo e exige técnica apurada, embora rudimentar. Ocorre a adição de várias substâncias (solventes orgânicos) até obter-se a liberação do alcalóide contido nas folhas da coca. Sabe-se que, inicialmente, as folhas de coca são arrancadas dos pés e levadas a tendas escondidas na floresta, onde são trituradas com o auxílio de cortador de grama ou manualmente e armazenadas em pequenas quantidades para, em seguida, serem manipuladas.
Sobre as folhas são colocadas porções de cimento, usados na construção civil, e, em seguida, molha-se as folhas com uma mistura composta de soda cáustica, amônia e gasolina, por meio de um regador.
A outra etapa do processo é o pisoteio, por meio do qual se macera as folhas andando sobre elas por horas, ocasião em que se adiciona uma quantidade definida de cal virgem, matéria prima do gesso utilizada em pintura. Em seguida, permanecem pisoteando a mistura para adicionar gasolina, e, posteriormente, solução de ácido sulfúrico e, depois, de amônia. Deixam o composto descansar por algum tempo em tonéis, sendo o resultado dessa mistura a pasta básica, “basuco”, “basuca” ou ainda “free base”, expressão inglesa que significa base livre. Nesse momento do processo do fabrico, já se encontra uma quantidade grande de alcalóide (substância do pó de coca).
São adicionados posteriormente outros processos químicos, como acetona e outras substâncias para formar o famoso pó branco. Quando chega finalmente nas mãos dos traficantes, esse pó é misturado com vidro moído, fermento em pó, lidocaína, procaína, benzocaína, pó de giz, pó de mármore, dentre outros produtos, para, só então, ser colocado a venda, no tão disputado e perigoso mercado do tráfico.
É de se pensar sobre os milhões de viciados que se espalham pelas favelas e condomínios de luxo por todo o Brasil, que normalmente desenvolvem graves doenças mentais a ponto de se internarem em hospitais psiquiátricos. Imaginem as inúmeras doenças orgânicas que adquirem por conta de todos esses produtos químicos e impurezas utilizadas no complicado processo de fabricação da cocaína?
Os laboratórios clandestinos ainda empregam técnicas rudimentares para adquirirem a cocaína. Estima-se que 500 kg de folhas da coca são transformados em 2,5 kg de pasta de coca; 2,5 kg de pasta de coca viram 1 kg de sulfato base de cocaína; 1 kg de sulfato base destilado resulta em 1 kg de hidrocloridorato de cocaína (pó branco); 1kg de hidrocloridrato recebe a adição de talco e outros produtos e resulta em 12 kg de droga, que finalmente é vendido ao consumidor desavisado.
O Oxi, que é um subproduto dessa cadeia de fabricação. Ocorre, todavia, que a concentração de alcalóides é maior, considerando que o Oxi é obtido logo na fase pasta base (free-base), ocasião em que se adiciona gasolina e outros

domingo, 10 de julho de 2011

VOCÊ SABIA?

Fleming (1881-1955)
     Alexander Fleming vinha já há algum tempo pesquisando substâncias capazes de matar ou impedir o crescimento de bactérias nas feridas infectadas. Essa preocupação se justificava pela experiência adquirida na Primeira Grande Guerra (1914-1918), na qual muitos combatentes morreram em conseqüência da infecção em ferimentos profundos. Fleming fora um aluno brilhante no curso médico. Após sua graduação, dedicou-se à bacteriologia, como assistente de Almroth Wright no St. Marys’s Hospital, de Londres. Foram muitas suas pesquisas, porém a descoberta da penicilina ofuscou as demais. Em 1921 Fleming descobrira uma substância antibacteriana existente nas secreções como a lágrima, muco nasal e saliva, a qual dera o nome de lisozima. Em 1928 Fleming desenvolvia pesquisas sobre estafilococos, quando descobriu a penicilina. A descoberta da penicilina deu-se graças ao acaso e ao espírito de observação de Fleming, confirmando a sentença de Pasteur de que o acaso só favorece as mentes preparadas. No mês de agosto daquele ano Fleming tirou férias e, por esquecimento, deixou algumas placas com culturas de estafilococos sobre a mesa, em lugar de guardá-las na geladeira ou inutilizá-las, como seria natural. Quando retornou ao trabalho, em setembro, observou que algumas das placas estavam contaminadas com mofo, fato que é relativamente freqüente. Colocou-as então, em uma bandeja para limpeza e esterilização com lisol, quando notou que havia, em uma das placas, um halo transparente em torno do mofo contaminante, o que parecia indicar que aquele fungo produzia uma substância bactericida. Fleming decidiu fazer algumas culturas do fungo para estudo posterior. O fungo foi identificado como pertencente ao gênero Penicilium, donde deriva o nome de penicilina dado à substância por ele produzida. Verificou que a penicilina inibia o crescimento das colônias de bactérias Gram-positivas, como estafilococos e estreptococos, e passou a empregá-la em seu laboratório para selecionar determinadas bactérias que eram resistentes à sua ação. A descoberta de Fleming não despertou inicialmente maior interesse e não houve a preocupação em utilizá-la para fins terapêuticos em casos de infecção humana até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Em 1940, Sir Howard Florey e Ernst Chain, de Oxford, retomaram as pesquisas de Fleming e conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial, inaugurando uma nova era para a medicina - a era dos antibióticos. Em 1945, Fleming, Florey e Chain receberam conjuntamente o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina.

AMPLIANDO O SEU CONHECIMENTO

 Roentgen (1845-1923)
Em novembro de 1895, o físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen descobriu em seu laboratório de Física da Universidade Würzburg um novo de tipo de radiação, a que chamou de raios-X por desconhecer a sua natureza. Ao passar uma corrente elétrica por uma ampola de Crooks recoberta por papel negro, em ambiente também escuro, notou luminescência em uma placa de platinocianeto de bário que se encontrava sobre a mesa. Verificou que essa radiação tinha o poder de atravessar o papel, a madeira e outros objetos, e de impressionar um filme fotográfico. Colocando a mão de sua esposa sobre o filme, obteve com os raios-X uma fotografia dos ossos da mão com o anel no dedo anular. Convencido da importância de sua descoberta, apresentou à Sociedade de Física Médica de Würzburg, para publicação, uma nota prévia com o título Sobre uma nova
Espécie de raio.
        Em 23 de janeiro de 1896 fez uma demonstração perante àquela sociedade, fotografando a mão do professor de anatomia da Universidade, Albert von Kolliker. Kolliker propôs o nome de raios Roentgen para os raios-X. A notícia espalhou-se pelo mundo, prevendo-se a aplicação imediata dos raios-X em medicina. Roentgen não quis tirar patente de sua descoberta e respondeu a propostas nesse sentido com as seguintes palavras: "De acordo com a tradição dos professores universitários alemães, sou de opinião que as descobertas e invenções se destinam a servir à humanidade e não devem ter qualquer exclusividade, nem proteção de patentes, licenças ou contratos, nem devem ser controlados por qualquer grupo". Com esse propósito, Roentgen deixava livre o caminho para que as empresas industriais construíssem e aperfeiçoassem aparelhos de raios-X. Já em 1897 foram os mesmos utilizados em cirurgia militar, na guerra da Grécia com a Turquia e na guerra dos Canudos, no Brasil. Roentgen foi o primeiro a receber o prêmio Nobel de Física em 1901. A partir de então Roentgen sofreu uma campanha de descrédito por parte de alguns físicos da época quanto sua prioridade na descoberta, o que muito o amargurou, apesar das muitas homenagens e honrarias que recebeu. Faleceu em Munich, em 1923, aos 78 anos de idade. A descoberta dos raios-X assinala o início da era tecnológica da medicina.

domingo, 26 de junho de 2011

A ARTE DE CURAR - O PAJÉ.

Prof. Aymoré Alvim.

            Os índios do Maranhão, segundo narrativa de d’Abbeville, eram fortes e gozavam de boa saúde. Tinham à sua disposição uma dieta farta e variada. As patologias, embora identificadas apenas pelo quadro sintomatológico apresentado, se restringiam a uma nosografia pouco expressiva.
            Sugestionável e místico, o índio atribuía a origem das suas doenças à vontade das divindades nas quais acreditavam ou à ação de inimigos através de feitiços.
            É nesse mágico universo que emerge a força xamanística do pajé, uma espécie de médico, feiticeiro, líder espiritual que desfrutava, até certos limites, do respeito e consideração de todos da tribo, pois assim como podia curar podia também lançar maldições cujos efeitos negativos influenciavam bastante a sugestionável mente desses aborígines.
            A formação de um jovem para substituir o velho pajé exigia todo um procedimento ritualístico de iniciação. Submetia-se a prolongado jejum, comia alimentos exóticos, ingeria poções secretas, se inteirava das relações com o sobrenatural além do aprendizado para saber usar a rica flora local.
            Temido, a ele todos recorriam em busca de benzeduras e talismãs para mal olhado ou para encomendar alguma poção para seus males. Aplicava massagens, fazia sangrias e sob efeito de alucinógenos dizia entrar em contato com entidades superiores que lhe revelavam ou lhe permitiam vaticinar a causa de uma doença ou a medicação indicada. Cobrava pelos serviços prestados. Quando desenganava um paciente, este era abandonado à própria sorte pelos familiares para morrer ou o matavam para aliviar suas dores. Mas se falhasse nos seus vaticínios ou não obtivesse sucesso na sua medicação seu trabalho era ridicularizado pelos parentes do doente e, não raras vezes, morto.
            Físicos, cirurgiões, barbeiros eram profissionais desconhecidos na região. Nem mesmo nas expedições empreendidas por franceses ou pelos mesmo pelos portugueses para reintegração de posse, esses profissionais se faziam presentes apesar dos perigos decorrentes das guerras que travavam. Não raras vezes lê-se que nas expedições portuguesas para desalojar o invasor havia reclamação dos comandantes pela falta de pelo menos barbeiro e mezinhas (medicamentos) em face dos riscos que corriam.
            Moreno relata que ao longo dos preparativos para a conquista do Maranhão aos gauleses houve protestos pela falta desses profissionais e de mezinhas considerando que S. Majestade já havia instruído a presença dos mesmos nas naus que partiam dos portos portugueses para essas jornadas de extremo perigo.
            Como exceção, há referências, em Cunha e Meireles, sobre um Monsieur Thomas de Lastre, cirurgião de La Ravardière que fora enviado com mezinhas, durante as negociações do armistício firmado com Mathias de Albuquerque, para curar os feridos de ambos os lados.
            Em nenhuma outra ocasião, esse cirurgião teve suas atividades referidas pelos historiadores, pelo que se pode concluir que a sua permanência, na França Equinocial, pouco ou quase nada contribuiu para alterar o quadro nosológico daquela época, ficando, assim, a assistência aos doentes a cargo do pajé ou a eles mesmos ou seus parentes com os recursos que a flora oferecia. Tal conclusão encontra respaldo em Lacroix quando refere um pedido de indenização à Coroa Portuguesa feito por La Ravardière, durante sua prisão em Portugal, das despesas efetuadas com seus soldados feridos sem, contudo, dizer como e por quem.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA MEDICINA

Será realizado, no período de 10 a 15 de novembro próximo, o 16° Congresso Brasileiro de História da Medicina. Ocorrerá, no mesmo período, o 7° Congresso Mineiro de História da Medicina. Os dois eventos terão lugar, na cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais. Maiores informações serão posteriormente repassadas aos associados da Sociedade Maranhense de História da Medicina e também a outros interessados.
Saudações,
Aymoré Alvim - Presidente.

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